Ainda está aberto, até dia 20 de julho, o formulário do Mapa Autismo Brasil (MAB), que pergunta quem são os autistas brasileiros -- sua renda, nível de suporte e idade --, sobre como foi sua jornada até aqui -- primeiros sinais do transtorno, e uso da rede pública ou privada de saúde -- e coleta informações sobre o acesso dos autistas a escola, terapias e ferramentas de impacto como a CAA (comunicação aumentativa e alternativa).
O MAB pode ser preenchido por autistas maiores de 18 anos ou por cuidadores de pessoas autistas de todo o país. O formulário está disponível aqui.
Em maio, o Censo Demográfico 2022, pela primeira vez, revelou dados nacionais sobre autismo no país -- 1,2% da população geral com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou seja, 2,4 milhões de pessoas. O Censo fez recortes por Estados -- que mostrou pouca variação -- e por faixas etárias -- essa, sim, revelou uma prevalência maior entre crianças de 5 a 9 anos, o que nos indica uma provável lacuna de diagnósticos na população mais velha e na faixa etária dos 0 a 4 anos.
"Os dados do MAB serão complementares aos que o IBGE já levantou, trazendo características clínicas, respostas em relação ao acesso às terapias e aos serviços de saúde, educação e lazer. O MAB também vai ajudar a entender quais as lacunas e dificuldades que existem para a gente desenvolver novos projetos e novas políticas públicas, trazer tecnologia e inovação para atender cada vez melhor as pessoas autistas e suas famílias", explica Ana Carolina Steinkopf, diretora do Mapa Autismo Brasil.
Em 2024, os resultados de um piloto do MAB, feito no Distrito Federal, mostraram gargalos graves para garantir o diagnóstico do transtorno pelo Sistema Único de Saúde, dificuldade de diagnóstico precoce em meninas e falta de terapias em carga horária adequada, na rede pública e na privada.
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