Acrópole de Atenas fecha temporariamente devido a calor de 42 °C; veja

1 week ago 8

O Ministério da Cultura da Grécia anunciou que as visitas à Acrópole de Atenas estarão suspensas hoje durante as horas mais quentes do dia, devido à intensa onda de calor que atinge o país.

Os turistas não poderão acessar o Partenon e outros monumentos históricos localizados no topo da colina entre 13h e 17h (horário local), o equivalente a 7h e 11h no horário de Brasília, segundo informou o ministério.

De acordo com o serviço meteorológico nacional (EMY), as temperaturas nesta terça-feira podem chegar a 41°C ou 42°C na região leste do país, enquanto no oeste os termômetros devem marcar entre 38°C e 39°C.

A previsão é de que a onda de calor continue na quarta-feira, com máximas de até 42°C em algumas áreas, e comece a perder força na quinta-feira.

Em Atenas, os termômetros já marcavam 30°C às 9h da manhã (horário local), com expectativa de alcançar até 38°C, podendo ser ainda mais quente em áreas centrais da cidade.

A Defesa Civil da Grécia também emitiu um alerta sobre o alto risco de incêndios nas redondezas de Atenas, na região da Ática, no centro do país e no sul da península do Peloponeso.

A Acrópole, considerada Patrimônio Mundial da UNESCO, é um dos maiores símbolos da Grécia Antiga e abriga o Partenon, templo dedicado à deusa Atena, construído no século V a.C.

Durante os verões de 2023 e 2024, o local também precisou ser fechado temporariamente por conta do calor extremo. Em julho de 2023, uma onda de calor histórica forçou o fechamento do sítio arqueológico por duas semanas.

No ano passado, a Acrópole bateu recorde de público, recebendo cerca de 4,5 milhões de visitantes — um aumento de 15,1% em relação aos 3,9 milhões registrados em 2023.
 
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(FOLHAPRESS) - Efeito colateral de uma severa onda de calor, que provocou recordes de temperatura, incêndios e mortes nos últimos dias, a geração de energia solar alcançou o maior patamar da história na Europa para um mês de junho, 45 TWh _crescimento de 22% se comparado ao mesmo mês do ano passado. Ainda assim, o continente não escapou de blecautes e interrupções de serviços, provocados pela alta no consumo de energia e problemas de distribuição.

 
Segundo análise da Ember, um think-tank dedicado ao setor, a demanda diária de energia na região sofreu um salto de 14% nesta semana, quando a canícula, intensificada pelas mudanças climáticas, de acordo com especialistas, levou os termômetros a mais de 40°C em regiões de Portugal, Espanha e França -ou próxima a isso em países normalmente mais frios, como a Alemanha.

Tanto calor fez o sexto maior produtor de energia solar do mundo alcançar a marca de 50 GW nas horas mais quentes do dia. Ao mesmo tempo, o consumo relacionado a ar condicionado subiu 6% em um país que não tem o equipamento popularizado.

Não foi o caso da Alemanha, mas blecautes curtos viraram rotina na Itália, e França e Espanha sofreram com paralisações em seus serviços ferroviários. Nesta sexta-feira (4), foi a vez de Praga ficar sem metrô. A capital da República Tcheca encara máximas de 37°C nesta semana e investiga as causas do apagão.

Além de problemas de manutenção e infraestrutura, o calor provocou o desligamento de várias termelétricas. Questões de refrigeração afetaram também o funcionamento de reatores nucleares na França e na Suíça. Em Beznau, a preocupação foi também ambiental, já que manter o funcionamento aumentaria a temperatura do rio Aare a ponto de afetar fauna e flora locais.

"Apesar da enorme pressão, as redes europeias passaram no teste de resistência, e a energia solar desempenhou um papel importante para mantê-las em funcionamento", afirma Pawel Czyzak, diretor da Ember, em seu estudo. "O excedente de energia solar durante o dia ajudou a evitar mais apagões. No entanto, o uso de armazenamento de energia ainda é insuficiente, levando a uma redução no fornecimento após o pôr do sol. Isso se traduziu em um aumento acentuado nos preços da eletricidade", escreve o especialista.

Segundo a análise, entre 24 de junho e 1° de julho, o preço da eletricidade teve picos de 175% na Alemanha, 108% na França e 106% na Polônia. Acionadas, interconexões evitaram que esses saltos fossem efetivamente traduzidos em tarifas. Ainda que a energia tenha sido entregue aos mercados que mais a necessitavam durante a onda de calor, o sistema europeu de distribuição precisa de investimento para aumentar o número de interconexões e capacidade de baterias.

"As ondas de calor não vão desaparecer, apenas se tornarão mais intensas no futuro. Soluções que possam ajudar a mitigar seus impactos, como armazenamento em baterias, interconexão, flexibilidade da demanda e tarifas dinâmicas, devem se tornar parte essencial do planejamento da rede e do projeto do mercado de energia. Talvez a maior oportunidade seja armazenar energia solar para ajudar a alimentar o ar condicionado até tarde da noite", afirma Czyzak.

Adequar a geração de energia limpa à distribuição é um desafio global. Em abril, um apagão deixou Espanha e Portugal sem energia por mais de 14 horas. A especulação inicial de que o sistema espanhol falhou por ter uma grande participação de fontes renováveis foi rechaçada pelo governo do país. Segundo relatório publicado no mês passado, empresas falharam ao não regular a tensão na rede, que caiu por falta de capacidade.

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Notícias ao Minuto | 06:00 - 01/07/2025

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