Catarinense que polemizou ao ditar regras de comportamento no estado diz sofrer ameaças

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São Paulo

Após publicar um vídeo ao lado do marido ditando normas de comportamento e tecendo críticas às pessoas que decidem ir morar em Santa Catarina sem que tenham o perfil que considera adequado, a rotina da influenciadora Jenifer Milbratz Stainzack, 33, mudou radicalmente. Agora ela passa um bom tempo do dia apagando xingamentos e respondendo às críticas que recebe em seu perfil no Instagram.

Jenifer contou ao F5 que ela e sua família vêm sofrendo ameaças por parte de seguidores que não concordam com seu posicionamento, considerado preconceituoso. No polêmico vídeo em questão, ela e o marido, Cleiton, apontam "verdades sobre o nosso povo que ninguém fala" sobre quem decide viver no estado. "Se você vem com agenda woke e ideologia de gênero fique onde está", dizem em um trecho.

Ela se diz surpresa com a má acolhida de parte de seus seguidores. "Estamos bem chocados com a repercussão, pois só falamos o que a maioria dos catarinenses concorda. Existem até dados e estatísticas que comprovam, mas estão acontecendo campanhas de ódio. Vivemos em democracia e não precisamos concordar, mas respeito é o mínimo", diz.

Mãe de duas crianças, a influenciadora reforça que não se arrepende de nada do que postou. "Quando falamos que o catarinense é mais reservado, isso é uma realidade, principalmente no interior. Já quando falo que não quero aqui quem não goste de trabalhar, acho que qualquer pessoa pensa assim. Quem não agrega vira problema social. Independentemente de estado", reforça.

Mas esse não foi o único vídeo a repercutir negativamente na página a influenciadora. Há um outro em que ela e o marido "ensinam" pais a "como fazer um bebê alemão". Ela mostra um dos filhos com Cleiton numa panela, como se colocasse ingredientes para que ela nascesse "com seus olhos azuis, pele branquinha e cabelo loirinho".

"Desde então, eu tenho um alvo nas costas. Perfis de esquerda têm se mobilizado para denunciar meu perfil, acabar com minha conta no Instagram. Denunciam que eu estou fazendo abuso infantil. Outros influenciadores se juntam para ordenar ataques. Falam que vão criar com inteligência artificial vídeos do meu marido cheirando cocaína com travestis. Ficamos com medo de alguém descobrir nosso endereço, e até de sair de casa", afirma.

Conservadora e cristã, ela diz que "83% dos catarinenses votam na direita" e que por isso, o estado seria mais desenvolvido. Ela afirma ainda que só pessoas de esquerda a atacam. "Mesmo do lado de lá (esquerda) há pessoas boas, mas pessoas de bem dificilmente são de esquerda".

Acusada de racismo e xenofobia, Jenifer alega ser uma pessoa desprovida de preconceitos. "Não tenho discriminação com nenhuma cor ou raça. Ajudo muitas pessoas que vem de fora para Santa Catarina e que sofrem, por exemplo, com o frio. Faço parte de um grupo que doa agasalhos, já fiz compra do mês e levei para famílias. Todo mundo merece dignidade e direito a um recomeço, mas, claro, a gente também não quer alguém que venha causar problema e aumentar índice de criminalidade."

Apesar das ameaças e da repercussão negativa, Jenifer vê um lado positivo após o episódio. Sua rede social, que hoje é seu ganha-pão, teve um aumento significativo no engajamento. "Nas primeiras 48 horas após o vídeo, ganhei 20 mil seguidores. Desde então, chegam mais 1.000 por dia. Isso demonstra que pessoas entendem o que a gente pensa." Ela tem 223 mil seguidores.

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