A companhia aérea Emirates afirmou na noite desta segunda-feira (30) que o corpo de Juliana Marins, 26, turista brasileira que morreu na semana passada depois de cair em penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, chegará ao Brasil nesta terça-feira (1º).
Mais cedo, a empresa havia dito que ele seria será transportado para Dubai nesta terça e, posteriormente, para o Rio de Janeiro na quarta.
"A Emirates informa que, em coordenação com a família, novos preparativos foram feitos para o transporte do corpo de Juliana Marins, cidadã brasileira que faleceu na Indonésia. O corpo chegará em São Paulo no dia 1º de julho", afirmou a empresa, na nota, em que também prestou condolências à família.
Não foi informado como será feito o traslado do corpo para o Rio de Janeiro. O enterro será em Niterói, onde a jovem morava.
No domingo (29), a família de Juliana fez uma reclamação contra a empresa aérea, alegando que a companhia não havia confirmado o voo que traria o corpo para o Brasil.
A reclamação consta em uma publicação em uma conta criada pela família no Instagram para dar informações sobre o caso da brasileira.
A família quer que uma nova nova autópsia no corpo dela seja feita, dessa vez no Brasil. A informação foi divulgada na manhã desta segunda.
"Com o auxílio do GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal) da Prefeitura de Niterói, acionamos a DPU-RJ (Defensoria Pública da União), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia no casa da minha irmã, Juliana Marins. Acreditamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas", afirmou Mariana Marins, irmã da brasileira, no perfil do Instagram criado para divulgar informações sobre o caso.
Mais tarde, o governo brasileiro afirmou que decidiu refazer a autópsia. A AGU (Advocacia-Geral da União) informou nesta segunda-feira (30) que vai cumprir voluntariamente o pedido da família.
"Imagens de drones de turistas sugerem que Juliana tenha resistido ao acidente inicial e esperado dias pelo resgate. A expectativa é de que um novo exame, agora em território nacional, esclareça definitivamente as causas e o momento da morte da jovem brasileira", diz a AGU em nota.
O órgão afirma ter pedido uma audiência urgente com a DPU e com o estado do Rio de Janeiro para definir a forma mais adequada de atender ao desejo da família. O pedido foi aceito pela Justiça e a previsão é que a audiência seja feita ainda nesta terça, às 15h.
Em entrevista na sexta-feira (27), o médico legista disse que o laudo preliminar indicou que Juliana morreu após sofrer um trauma contundente, que resultou em danos a órgãos internos e hemorragia.
Ainda segundo o médico, os indícios apontam para morte quase imediata, cerca de 20 minutos após um impacto —além da queda inicial na trilha, ela provavelmente caiu outras vezes no dia seguinte, já que o local era bastante íngreme. A principal hipótese é que uma dessas outras quedas gerou os ferimentos que levaram a sua morte. Ela faleceu na terça (24) ou na quarta (25), segundo a perícia.