A polícia prendeu nesta sexta-feira (25) um homem suspeito de arremessar uma pedra contra um ônibus do transporte publico municipal na avenida Cupecê, zona sul de São Paulo. O episódio ocorreu na véspera.
A prisão, por policiais civis do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), ocorreu após ele ter sido identificado por câmeras do Smart Sampa, programa de videomonitoramento da capital paulista, com reconhecimento facial.
"Com base nas imagens, as equipes policiais identificaram o autor e realizaram a detenção", afirma em nota a SSP (Secretaria da Segurança Pública). A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito.
O episódio foi todo registrado pelo sistema de monitoramento. O homem, com roupa preta e uma bolsa no ombro, é gravado caminhando pela região. Em outro momento, ele aparece correndo pelo canteiro central da avenida. Entre as faixas de segurança, ele ergue um pedaço do concreto da calçada e arremessa duas vezes no chão. Com um dos pedaços, corre de volta em direção a um ônibus parado no semáforo e o atira contra o para-brisa do motorista.
Na sequência, ele atravessa a avenida apressado, observado por outros pedestres. Segundo a polícia, o suspeito está sendo ouvido e o caso segue sob apuração.
Somente nesta sexta, cinco ônibus foram atacados na cidade de São Paulo, segundo a SPTrans, estatal que gerencia o transporte público municipal.
Desde o início dos ataques, em 12 de junho, 552 veículos foram apedrejados na capital paulista —não estão computados ônibus intermunicipais. As ações criminosas também ocorrem em cidades vizinhas e na Baixada Santista.
Na terça-feira (22), Edson Aparecido Campolongo, 68, funcionário concursado da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), foi preso preventivamente e indiciado sob suspeita de vandalizar 17 coletivos, sendo 13 em São Bernardo, 3 na cidade de São Paulo e 1 no município de Santo André.
A participação de Campolongo em outros casos está sob investigação.
Por causa do vandalismo, 200 agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) passaram a reforçar a segurança dos ônibus do transporte coletivo de São Paulo, de acordo com a gestão Ricardo Nunes (MDB).
Os agentes atuarão dentro dos veículos em locais com registros de depredações.
"Além disso, os guardas darão apoio na saída das garagens e também ao longo do percurso das linhas, que, por razões estratégicas, não serão divulgadas", afirmou a prefeitura.
A prefeitura disse também que conversa com a Polícia Militar para usar policiais da Operação Delegada nessas ações, mas que ainda não há uma decisão sobre isso.
Segundo a prefeitura, a GCM já atua com 50 viaturas exclusivas para rondas nas vias onde foram registrados os maiores números de ataques. Além disso, a PM também reforçou o policiamento em vias estratégicas.