O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta quarta-feira (23) o aumento do teto de financiamento do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para os cursos de medicina.
Em vídeo publicado no X, antigo Twitter, Camilo afirmou que o comitê gestor do Fies (CG-Fies), formado por representantes de MEC (Ministério da Educação), Ministério da Fazenda, Casa Civil e Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, aprovou o aumento do teto dos custos dos cursos de medicina em 30%.
Com isso, o valor atual do teto de custos de R$ 60 mil passará para R$ 78 mil. "Isso significa que 85% dos cursos de medicina do Brasil estão cobertos com esse novo teto", afirmou o titular da Educação em vídeo.
O programa de financiamento estudantil do governo federal permite que o aluno conclua a graduação sem precisar pagar as mensalidades durante o curso. Com isso, o início do pagamento é adiado para após o período da formatura, com valores proporcionais à renda do aluno.
Metade das vagas disponíveis no programa é destinada para o Fies Social, que é voltado para estudantes inscritos no CadÚnico (cadastro único dos programas sociais do governo federal) e que tenham renda familiar de um salário mínimo e meio (R$ 2.277).
Caso o estudante se enquadre nos critérios do Fies Social, ele terá o financiamento integral da graduação e até 100% dos encargos cobertos pelo programa.
Em 2024, mais de 1,2 milhões de contratos do programa apresentaram inadimplência, de acordo com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), ligado ao MEC.
Para participar do programa de financiamento, o candidato deve ter realizado o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a partir de 2010, ter alcançado nota média igual ou superior a 450 pontos em matemática, linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e não ter zerado na redação. Além disso, o participante precisa ter renda familiar de até três salários mínimos (R$ 4.554).
Na última sexta-feira (18), as inscrições para vagas de segundo semestre do Fies foram encerradas. O processo seletivo contava com 74.500 vagas em 18.419 cursos/turnos de 1.215 instituições particulares de ensino superior de todo o país.
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