Alana Ohashi, que sonhava em ser médica desde criança, dedicou-se aos estudos e ganhou destaque por onde passou por sua inteligência, talento e humanismo.
Nascida em Laranjeiras do Sul (PR), formou-se em medicina pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), em 2015, em medicina interna pelo Hospital do Idoso, em 2020, e em cardiologia pelo Hospital de Clínicas da UFPR, em 2023.
Atuou em hospitais como o HC, Evangélico Mackenzie, Santa Cruz, Vita, Sugisawa, Nossa Saúde e Hospital do Idoso Zilda Arns. Mais recentemente, era servidora da Prefeitura de Curitiba e atuava na regulação médica e ambulatório de cardiologia.
A Sociedade Paranaense de Cardiologia a definiu como profissional de destacada atuação e reconhecida dedicação à medicina e ao cuidado com os paciente.
"Foi uma profissional exemplar, cuja trajetória foi marcada pelo compromisso com a excelência clínica, ética e humanização no atendimento. Sua contribuição para a cardiologia paranaense deixa um legado importante para colegas, alunos e para toda a comunidade médica", escreveu.
Durante a pandemia, Alana atuou na linha de frente, em UTIs lotadas, além de oferecer consultas online gratuitas para quem precisasse. "Sempre cuidadosa, cuidava de verdade, com o coração, com entrega e amor, sem esperar nada em troca", conta a prima, Tyemi Borba.
"Sua presença deixava tudo mais leve, mais bonito. Ela deixa um exemplo imenso de amor, serviço e luz", acrescenta.
Alana coordenou equipes no pronto atendimento, setor em que atuou por muitos anos, sem nunca ligar para plantões noturnos ou em fins de semana, como recorda a amiga e médica Nicole Garcia.
"Sempre muito disposta, preocupada com os pacientes, responsável e dedicada. Habilidosa tecnicamente e muito estudiosa. Sabíamos que sempre poderíamos contar com ela", diz, ressaltando quanto Alana era respeitada e querida pela equipe.
"Jamais esquecerei da sua lealdade, da bondade do seu coração e da profissional incrível que ela foi", afirma a amiga Helouise Izuka.
Sua amizade e profissionalismo deixaram um "exemplo de amor, determinação, força e fé", destaca a irmã, Iumi Ohashi. "Desde pequena, dizia com convicção que seria médica, e cumpriu esse propósito com muita dedicação e excelência. Mais do que uma profissão, era sua missão de vida."
Iumi lembra que mesmo nos momentos mais difíceis, em meio à dor e ao cansaço, Alana continuava se preocupando e cuidando de todos. "Continuava atendendo seus pacientes, mesmo quando era ela quem mais precisava de cuidado. Conquistou a admiração e o carinho de todos que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho. Ela é realmente um ser iluminado."
Alana morreu em 24 de maio, aos 37 anos, de câncer no intestino. Deixa os pais, o companheiro, três irmãos e quatro sobrinhos.