Motoboy diz ter sido agredido por PM na zona leste de SP

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Um casal afirma ter sido agredido por policiais militares durante uma abordagem na zona leste de São Paulo. O homem disse que precisou levar seis pontos no rosto em decorrência dos ferimentos.

Procurada, a PM disse que não compactua com desvios e que apura a denúncia.

O caso teria acontecido na noite do último 12 na avenida Tiquatira, no Bosque da Saúde, mas só veio à público nesta segunda-feira (21).

O motoboy Hércules Ferreira de Almeida, 27, afirmou que as agressões aconteceram por volta das 21h20, depois de buscar a esposa no trabalho. Segundo seu relato, eles estavam parados com a moto —que não tinha placas— e conversando com outras pessoas quando foram abordados.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), os PMs afirmaram que o casal resistiu à abordagem e, por isso, foram encaminhados à delegacia, onde prestaram depoimento.

Almeida nega a versão policial.

"Em nenhum momento eu tentei fugir. Ele [PM] deu uma voadora na moto e aí já foi a maior bagunça. Eu falei para ele que não precisava disso que eu era trabalhador. Ele não quis saber. Me arrancou de cima da moto, com agressividade já. Não pediram documento nenhum, só chegaram agredindo. Não perguntaram nem meu nome. Não perguntaram nada. Só agrediram", afirmou em entrevista ao SP 1 da TV Globo.

O motoboy afirmou que recebeu vários golpes de cassetete.

"Ele segurou a parte de baixo do meu capacete e bateu com o cassetete na minha cara. Foi a hora que abriu meu rosto. Quando tiraram meu capacete, minha cara estava toda lavada de sangue em volta do óculos. Quebraram meu óculos, a tela do meu celular, levaram meu capacete embora e até agora eu não consigo trabalhar por causa do meu óculos", relatou.

A mulher dele também afirmou que não reagiu à abordagem. "Eu não sei porque fizeram isso com ele porque em nenhum momento ele demonstrou estar armado, demonstrou reagir ou ir para cima do policial", disse Laisla de Oliveira.

De acordo com a SSP, a PM apura as circunstâncias da ocorrência e analisa as imagens captadas pelas câmeras corporais dos policiais envolvidos para esclarecer a atuação deles.

"A Corporação não compactua com desvios de conduta dos seus agentes e pune com rigor os que descumprem os protocolos da Polícia Militar", destacou.

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