Nave da SpaceX com astronautas de Índia, Polônia e Hungria chega à ISS

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A cápsula Crew Dragon com astronautas de Índia, Polônia e Hungria se acoplou à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) na manhã desta quinta-feira (26), marcando o retorno desses três países ao espaço, em um voo tripulado, após várias décadas.

A missão privada Axiom 4, cuja tripulação também tem uma americana, decolou da Flórida nesta quarta-feira (25). Os astronautas viajaram a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX, de Elon Musk.

A tripulação é formada pelo piloto indiano Shubhanshu Shukla, pelo polonês Slawosz Uznanski-Wisniewski, pelo húngaro Tibor Kapu e pela americana Peggy Whitson, ex-astronauta da Nasa que agora trabalha para a Axiom Space, uma companhia dos Estados Unidos que fornece serviços de voos espaciais privados.

"Estamos honrados de estar aqui, obrigada", disse Whitson durante uma transmissão ao vivo.

A tripulação passará 14 dias na estação. A ideia é que conduzam cerca de 60 experimentos, sobretudo com microalgas e tardígrados (animais microscópicos conhecidos como ursos d'água).

Os últimos voos espaciais de astronautas de Índia, Polônia ou Hungria ocorreram há mais de 40 anos.

Essa missão representa um marco nas ambições espaciais de Nova Déli. "Foi um voo fantástico", disse Shubhanshu Shukla após a decolagem. "Não é apenas o início de minha jornada para a Estação Espacial Internacional: é o início do programa espacial tripulado da Índia. "

O piloto de 39 anos se tornou o primeiro indiano na ISS e o segundo a entrar em órbita depois de Rakesh Sharma, que chegou à estação espacial soviética Salyut 7 em 1984.

Espera-se que sua participação na missão Axiom seja um passo-chave para o primeiro voo tripulado que a Índia planeja realizar em 2027. Em agosto de 2023, o país tornou-se o quarto país a levar uma nave não tripulada à Lua, após Rússia, Estados Unidos e China.

A Hungria anunciou em 2022 que pagaria US$ 100 milhões (R$ 550 milhões) por seu assento. Índia e Polônia não revelaram quanto desembolsaram pelo lugar no voo, o que é considerado um momento de orgulho nacional e "soft power".

Segundo a imprensa indiana, Nova Déli gastou mais de US$ 60 milhões (R$ 330 milhões).

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