Pelo terceiro ano consecutivo, o governo do presidente Lula anuncia, nesta segunda (30), um novo recorde no Plano Safra da Agricultura Familiar, com R$ 89 bilhões em investimentos. É um valor robusto, que reforça nosso compromisso com a segurança alimentar e com a geração de renda no campo e reflete os bons resultados obtidos nos anos anteriores.
Além do valor recorde, conseguimos manter taxas de juros acessíveis, especialmente para a produção de alimentos essenciais, mesmo em um cenário econômico desafiador, garantindo que o agricultor familiar tenha condições justas de financiamento. Em um ambiente financeiro marcado pelas taxas estratosféricas, mantivemos juros "de pai para filho" de apenas 3% ao ano para cultivos como arroz, feijão, mandioca, frutas, legumes e verduras —e, neste ano, incluímos também a produção de ovos nessa linha especial.
Para os produtores agroecológicos, a taxa é ainda menor, 2% ao ano, demonstrando nosso apoio à transição ecológica, bioeconomia e florestas produtivas.
Os resultados dos últimos dois anos comprovam a eficácia dessas políticas. Neste governo, o número de contratos cresceu 26% e o valor financiado aumentou 21%. No total, foram 1,67 milhão de acordos firmados em 2024/2025.
Esse avanço foi especialmente significativo no Nordeste, onde o número de contratos quase dobrou e o ticket médio por produtor subiu de R$ 6.000 para R$ 35 mil, mostrando que estamos ampliando o acesso ao crédito e fortalecendo a capacidade produtiva dos agricultores familiares em todas as regiões do Brasil.
O saldo dessa política de valorização dos pequenos e médios produtores pode ser sentido no bolso dos brasileiros. O aumento na produção contribuiu diretamente para que o IPCA de junho tenha registrado deflação nos preços de alimentos, com destaque para reduções no tomate, arroz, ovos e frutas. Se não fosse o investimento recorde nesse segmento, o desafio de conter a inflação no preço dos alimentos seria ainda maior.
Nunca é demais lembrar que grande parte da comida que chega à mesa dos brasileiros vem dos pequenos e médios produtores.
Um dos eixos desse projeto é garantir acesso dos agricultores familiares à mecanização das lavouras. Sabemos que o Brasil já possui um agronegócio altamente tecnológico, e nosso objetivo é levar esses avanços também para a agricultura familiar, reduzindo as assimetrias e garantindo que todos os produtores tenham condições dignas de trabalho e renda. Além de aumentar a produção e os ganhos, isso faz com que a juventude tenha mais interesse em permanecer no campo.
Acreditamos que o cooperativismo é um caminho seguro para que os agricultores familiares tenham mais acesso a assistência técnica, mecanização, processamento de produtos e compras em escala a preços menores, entre outros benefícios. Para isso também ampliamos as linhas de crédito para as cooperativas na próxima safra.
Por meio do Programa Mais Alimentos, vamos disponibilizar R$ 12 bilhões só para a compra de máquinas e equipamentos de pequeno porte. O limite para financiamento desse segmento dobrou e a faixa de renda também aumentou, viabilizando o acesso de mais produtores a essas linhas de crédito. Os juros são de apenas 2,5%.
Na mesma frente do bem-estar do agricultor familiar, criamos novas modalidades de crédito para conectividade e acessibilidade e ampliamos o teto para reforma e construção de moradias.
O Plano Safra agora anunciado é mais que um conjunto de medidas financeiras, é uma ferramenta de transformação social. Ao investir na agricultura familiar, estamos fortalecendo a economia local e garantindo comida de qualidade a preços acessíveis para a população e ganho justo para o produtor.
O Brasil que alimenta o mundo começa aqui, nas mãos dos pequenos agricultores, e este governo seguirá trabalhando para que eles tenham cada vez mais apoio e reconhecimento.
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