Nesta quarta-feira (16), o Parlamento de Portugal aprovou um pacote anti-imigração que altera as Leis da Nacionalidade e da Imigração e que deverá impactar milhares de brasileiros que vivem no país.
A medida teve votos para aprovação da coalizão de governo Aliança Democrática (AD) e do partido de ultradireita Chega. A Iniciativa Liberal se absteve. Todas as siglas de esquerda votaram contra a nova Lei de Estrangeiros e pediram que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa vete a proposta.
De acordo com a proposta, o objetivo é restringir a obtenção da cidadania portuguesa e diminuir o número de pessoas que imigram para o país europeu.
O projeto cria uma nova força policial, a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF), que terá o objetivo exclusivo de fiscalizar a permanência de estrangeiros no país e realizar suas deportações, quando for o caso.
Entre as medidas mais polêmicas estão a previsão de perda de cidadania portuguesa caso o imigrante cometa crimes graves, o aumento do tempo de residência para que seja feito o pedido de cidadania de cinco para sete anos (ou dez, caso o imigrante venha de um país não lusófono).
As novas leis também estendem o período em que o imigrante precisa viver de maneira regular em Portugal antes que possa trazer a família para o país ou naturalizar um filho nascido em Portugal, e acaba com a possibilidade de que turistas brasileiros sem visto peçam autorização de residência. Além disso, vistos de trabalho serão restritos, e o governo quer criar centros de detenção para imigrantes em situação irregular.
Há cerca de 500 mil brasileiros vivendo no país europeu, a nacionalidade mais representada entre o 1,3 milhão de imigrantes que moram em Portugal.
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