(UOL/FOLHAPRESS) - O atacante Robinho Jr. mudou os planos do Santos e antecipou sua estreia -excluindo o amistoso da semana passada- entre os profissionais na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, na Vila Belmiro, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
ELE CONVENCEU
O Santos pensava em adiar a participação do jovem no time de cima. Porém, o Menino da Vila, que participou do amistoso contra o Desportiva Ferroviária e deu assistência, foi acionado no 2º tempo contra o rubro-negro.
A ideia do Peixe era evitar pular etapas e correr o risco de queimar o garoto, que tem apenas 17 anos.
A comissão e a diretoria entendem que existe uma pressão extra pelo fato de ele ser filho de Robinho, ex-jogador que ganhou idolatria no Santos no início do século.
O jovem ainda é considerado muito franzino e precisaria de tempo para ganhar massa muscular para ter mais força em combates no mano a mano. Robinho tem 1,70m e pesa apenas 51kg.
A personalidade, a maturidade e o potencial do garoto, porém, levaram o Santos a dar o braço a torcer. O Menino da Vila tem se superado no dia a dia e convencido Cléber Xavier.
Na Vila, a torcida gritou o nome de Robinho Jr, cobrando sua entrada nas substituições. O menino entrou aos 21 minutos da segunda etapa.
ELOGIOS DE NEYMAR E CLÉBER XAVIER
"Tem muito potencial. A semelhança com o pai é muito grande, independentemente do que o pai está passando, o moleque tem uma cabeça muito boa, muito forte. Não é fácil estar no lugar dele. E não é fácil estrear dessa forma, com pressão que leva o nome dele, pressão que é estar aí. Estou aqui para ajudar. Menino de muito bom coração, torço demais por ele. Fiquei muito contente de vê-lo pequenininho e agora estar ao meu lado. O tempo está passando (risos), e passando rápido. Fico contente por ele, e agora só depende dele. Futebol e potencial ele tem", disse Neymar, ao Premiere, sobre Robinho Jr.
"Mostrou um pouco do que mostrou no amistoso. Tem qualidade, precisava de mais jogo pela direita e era a opção que eu tinha. Tinha o Bontempo para flutuar por dentro, mas eu precisava de algo diferente. A gente precisava matar ou morrer e fui atrás, corremos esse risco. Tentei deixar o Neymar mais livre, depois tentei o Bontempo por dentro... é isso, foi o que eu tentei", disse Cléber Xavier.
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