Torcedor é detido por injúria racial contra Caio Paulista, do Atlético-MG, na Colômbia

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Um torcedor do Atlético Bucaramanga foi detido pela polícia colombiana por cometer injúria racial contra o brasileiro Caio Paulista, do Atlético-MG. O episódio de discriminação aconteceu na noite desta quinta-feira, durante partida entre as duas equipes pelos playoffs da Copa Sul-Americana, no Estádio Américo Montanini.

Gestos racistas foram flagrados em fotografias, uma delas publicada pelo clube mineiro nas redes sociais. As ofensas aconteceram ainda durante a partida, na saída para o intervalo. A publicação mostra uma foto de um torcedor colombiano apontando para a cor da pele e gritando em direção ao gramado.

O Atlético-MG disse ter feito um boletim de ocorrência e que seguirá acompanhando o caso. "Essa situação é revoltante e precisa acabar de uma vez por todas! Até quando teremos que conviver com esse absurdo?", escreveu o clube, que venceu por 1 a 0 e define a vaga na próxima semana, em partida na Arena MRV, em Belo Horizonte.

O atacante Hulk, autor do gol da vitória atleticana, comentou o caso após a partida. "Não adianta a gente bater de frente, brigar, fazer campanha contra o racismo. É triste, é frustrante. A punição tem que ser mais severa", cobrou.

A Conmebol ainda não se manifestou sobre o caso. Em junho, a entidade definiu uma multa de US$ 15 mil (cerca de R$ 83,34 mil) ao são-paulino Damián Bobadilla, acusado de xenofobia contra Miguel Navarro, do Talleres.

Desde maio, a Fifa oficializou mudanças em seu Código Disciplinar para agravar as punições em caso de racismo em partidas de futebol. Um protocolo antirracista já havia sido apresentado em 2024 e foi oficializado.

O jogador que denunciar uma prática discriminatória deve fazer um gesto de "X" com os braços cruzados. O árbitro, verificando a situação, também faz a sinalização, parando o jogo. Se a discriminação persistir, o juiz pode optar por uma suspensão temporária, última decisão antes de declarar derrota por W.O. do time envolvido no ato.

Todas as confederações filiadas da Fifa devem aplicar o sistema. Além disso, a Fifa impôs uma multa máxima de 5 milhões de francos suíços (R$ 34 milhões) para casos de racismo.

No Mundial de Clubes, o árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel utilizou o protocolo, após o zagueiro Antonio Rüdiger, do Real Madrid, afirmar ter sido vítima de racismo, no duelo contra o Monterrey. A Fifa abriu investigação, mas ainda não divulgou novas informações sobre o caso.

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