Nesta quarta-feira (16), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surgiu furioso na rede social 'Truth' e disparou contra os membros de sua própria base que criticam a forma como seu governo lidou com os arquivos de Jeffrey Epstein. O magnata foi preso em julho de 2019, acusado de tráfico de pessoas e abuso sexual de menores de idade, e tirou a própria vida dentro da cadeia em Nova York pouco mais de um mês depois, enquanto aguardava julgamento. Durante campanha presidencial, Trump tinha se comprometido de revelar detalhes do caso.
Agora, a revista 'Wired' divulgou uma análise onde acusa o governo norte-americano de ter editado um vídeo sobre a morte de Epstein e que três minutos do arquivo sumiram.
A morte de Epstein gerou uma série de teorias da conspiração sugerindo que ele teria sido assassinado por interesses poderosos que desejavam esconder sua relação com o esquema de pedofilia e prostituição de menores operado pelo magnata, que era amigo de pessoas da elite política e financeira dos EUA e Reino Unido, como Bill Clinton, o príncipe Andrew e o próprio Donald Trump.
Em sua rede social, Trump disse que seus apoiadores eram vítimas de uma "farsa" e declarando que não "quer o apoio" dos integrantes do MAGA.
"O novo GOLPE deles é o que chamaremos para sempre de Farsa de Jeffrey Epstein, e meus apoiadores do PASSADO acreditaram nessa 'besteira', de cabo a rabo", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. "Eles não aprenderam a lição e provavelmente nunca aprenderão, mesmo depois de serem enganados pela Esquerda Lunática por 8 longos anos", disse o político que constantemente divulga informações sem apresentar provas ou dados.
O presidente dos Estados Unidos expressou frustração pelo fato de a controvérsia repercutir na imprensa e ao mesmo tempo questionou seus apoiadores por se concentrarem no caso Epstein.
"Deixem esses fracotes seguirem em frente e fazerem o trabalho dos democratas, nem pensem em falar do nosso sucesso incrível e sem precedentes, porque eu não quero mais o apoio deles!", acrescentou.
Trump não mencionou que foi sua própria equipe que alimentou o interesse de sua base nos arquivos, já que a procuradora-geral Pam Bondi disse anteriormente que a lista de clientes de Epstein "estava em sua mesa". Um memorando subsequente divulgado por seu departamento e pelo FBI neste mês, alegando que não havia evidências que sugerissem que Epstein foi morto ou que ele mantinha uma lista de clientes, inevitavelmente enfureceu sua base, causando problemas para o presidente.
Leia Também: Vídeo de suicídio de Epstein divulgado pelo FBI foi editado, diz revista