Trump processa Wall Street Journal por carta a Epstein e cobra US$ 10 bi

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo contra o empresário Rupert Murdoch, a Dow Jones, a News Corp e dois jornalistas do Wall Street Journal (WSJ), por conta de uma reportagem que menciona uma suposta mensagem de aniversário enviada por ele a Jeffrey Epstein.

A ação foi registrada nesta sexta-feira (18), em um tribunal federal de Miami, na Flórida, com base na legislação federal de difamação, segundo veículos internacionais.

Após a divulgação da reportagem, Trump confirmou o processo em sua rede Truth Social:
“Essa ação judicial não é apenas em meu nome, mas também para defender TODOS os americanos que estão cansados dos abusos da mídia de fake news. Espero que Rupert e seus ‘amigos’ estejam prontos para longas horas de depoimentos. Obrigado pela atenção. Vamos FAZER A AMÉRICA GRANDE DE NOVO!”

A matéria do WSJ, publicada na quinta-feira (17), afirma que uma carta supostamente escrita por Trump em 2003 foi incluída em um álbum de aniversário oferecido a Epstein. A mensagem trazia a frase: “Feliz aniversário, e que cada dia seja mais um segredo maravilhoso”.

Trump nega veementemente a autenticidade da carta e já havia ameaçado processar o jornal antes da publicação. Em resposta, disse que o Wall Street Journal “se tornou um jornal sujo” e que “inventar mentiras como essa demonstra o desespero para se manter relevante”.

Segundo o WSJ, a ex-assistente de Epstein, Ghislaine Maxwell — atualmente presa por envolvimento nos crimes do magnata — reuniu mensagens de amigos e figuras influentes, como Trump, para presentear Epstein com um álbum. Uma das cartas, assinada por Trump, teria sido escrita sobre o desenho de uma mulher nua, feito com marcador, e sua assinatura aparecia abaixo da cintura da figura, imitando pelos pubianos.

Jeffrey Epstein foi preso em 2019 sob acusação de comandar uma rede de tráfico sexual de menores. Morreu naquele mesmo ano, oficialmente por suicídio, em uma prisão de Nova York. A morte gerou diversas teorias de conspiração, com apoiadores de Trump — incluindo a ex-procuradora-geral Pam Bondi e o ex-agente do FBI Dan Bongino — prometendo divulgar a “verdade” sobre o caso.

A pressão dos apoiadores do movimento Make America Great Again (MAGA) levou Trump a autorizar a divulgação de qualquer informação adicional considerada “credível” sobre o escândalo. Ainda assim, o ex-presidente criticou seus seguidores por, segundo ele, terem sido “enganados pelos democratas”.

Além de Trump, outro nome associado ao caso e à exigência de divulgação dos arquivos é o de Elon Musk, que chegou a apoiar a ideia de tornar a lista de contatos de Epstein pública. No entanto, até agora, não há comprovação da existência de tal lista.

Trump ordena publicação de todos os depoimentos do caso Jeffrey Epstein

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O presidente enfrenta pressão para a divulgação dos arquivos, com grupos republicanos exigindo que o Departamento de Justiça esclareça o conteúdo dos documentos e identifique possíveis envolvidos que ainda não teriam sido expostos publicamente

Folhapress | 15:15 - 18/07/2025

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