Arcanjo salva Vitória, e Botafogo empata na estreia de Ancelotti filho em casa

7 hours ago 2

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O Botafogo empatou com o Vitória por 0 a 0, nesta quarta-feira (16), no Nilton Santos, pelo Brasileirão. O resultado deixou um gosto meio amargo para o primeiro jogo de Davide Ancelotti efetivamente como técnico do Botafogo.

O italiano até ficou no banco no jogo passado, contra o Vasco, mas não tinha sido registrado no BID da CBF e fez o papel, na teoria, de auxiliar.

O goleiro Lucas Arcanjo, do Vitória, foi o protagonista do jogo, fazendo defesas difíceis no primeiro tempo.

O tropeço em casa impediu que o Botafogo se aproximasse mais do pelotão de cima. O time chegou a 22 pontos.

Já o Vitória saiu da zona de rebaixamento ao chegar aos 12 pontos, mas levar a melhor sobre o São Paulo no saldo de gols.

Na próxima rodada, o Botafogo visita o Sport, na Ilha do Retiro, domingo, às 17h30. Já o Vitória recebe o Red Bull Bragantino, no mesmo dia, mas às 16h.

O COMPORTAMENTO DO ANCELOTTINHO

Davide Ancelotti viveu a primeira experiência de ficar em pé na área técnica tendo realmente o controle (e responsabilidade) total sobre o time.

O pai dele, Carlo Ancelotti, só volta ao Brasil em 1º de agosto para retomar as atividades como técnico da seleção.

Diante de 17.140 pagantes, Davide não parece ser um cara muito enérgico à beira do campo. Não se movimenta muito no lugar. Gastou o português praticamente fluente para dar informações à distância no primeiro tempo, já que o time passou a maior parte do tempo longe do campo defensivo.

Em termos de escalação, já optou por começar sem Gregore e com Allan. Essa será a realidade a partir de agora, porque o volante que era titular está se despedindo rumo ao Al Rayyan, do Qatar.

ARCANJO LIVRA O VITÓRIA

O Botafogo foi melhor que o Vitória. E só não fez gol no primeiro tempo porque o goleiro Lucas Arcanjo foi o anjo da guarda do time de Fabio Carille. Salvou quando mais precisava, por pelo menos três vezes.

Na primeira, depois de uma bola esticada para Artur. O goleiro saiu abafando. Nas outras duas, com defesas complicadas após cruzamentos do Botafogo. Uma cabeçada de Arthur e outra de Kaio Fernando (ex-Pantaleão).

Foi o melhor que o Botafogo fez em um primeiro tempo que terminou em temperatura baixa.

O Vitória não estava muito inspirado no início, ficou pouco com a bola, mas conseguiu reduzir o ímpeto do time de Davide.

SEGUNDO TEMPO DE TROCAS E TRAVE

Nada de alterações no intervalo. A dinâmica e as escalações do Botafogo foram as mesmas para o segundo tempo.

E se não teve Arcanjo para salvar a cabeçada de Arthur Cabral, o capricho foi o fato de a bola ter parado na trave, aos nove minutos.

A primeira mudança no time foi para dar mais energia. Saíram Alex Telles e Allan, entraram Cuiabano e Gregore.

Mas o Botafogo passou mais um tempão sem criar chances. O Vitória, assim como no primeiro tempo, conseguiu sair mais da toca.

O próximo passo de Davide foi mexer no setor ofensivo. Correa e Santiago Rodríguez em campo, nos lugares de Montoro e Savarino. A quinta troca foi Nathan Fernandes por Artur.

O que ficou claro depois disso: um problema com o qual o novo técnico vai ter que lidar é implementar a proposta com jogadores de ataque que nem ao futebol brasileiro e ao Botafogo estão plenamente adaptados.

Do outro lado, o Vitória passou a empilhar pixotadas ofensivas. O jogo ficou feio. O gol não veio para nenhum dos lados. E olha que Cuiabano, já nos acréscimos, acertou o travessão. De novo, de cabeça. E quem chegou a tocar na bola antes? Lucas Arcanjo.

Fim de papo. Não foi o começo dos sonhos para Davide Ancelotti, agora oficialmente no controle do Botafogo.

BOTAFOGO
John, Vitinho, Kaio Pantaleão, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Allan (Gregore), Marlon Freitas, Artur e Montoro (Santiago Rodríguez; Savarino (Joaquín Correa) e Arthur Cabral. Técnico: Davide Ancelotti.

VITÓRIA
Lucas Arcanjo, Raúl Cáceres, Edu, Zé Marcos e Maykon Jesus; Ricardo Ryller, Willian Oliveira, Ronald (Erick), Matheuzinho (Rodrigues) e Lucas Braga (Osvaldo); Renato Kayzer (Renzo López). Técnico: Fabio Carille.

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Lucas Casagrande (PR)
Assistentes: Bruno Boschilia (Fifa-PR) e Marcia Lopes Caetano (RO)
Cartões amarelos: Willian Oliveira, Lucas Arcanjo, Cáceres (VIT)

Read Entire Article