Com depredações na madrugada desta sexta-feira (18), a cidade de São Paulo chegou a 506 ataques a ônibus registrados desde 12 de junho, em meio a uma onda de vandalismo.
Segundo a SPTrans, empresa vinculada à Prefeitura de São Paulo responsável pelo transporte público na capital paulista, foram 25 casos registrados entre a noite de quinta-feira (17) e a madrugada desta sexta.
Na região metropolitana houve ataque até a um micro-ônibus escolar em São Bernardo do Campo. De acordo com a prefeitura, o veículo faria o transporte de professores da rede municipal, mas somente o motorista estava no veículo, atingido por volta das 5h40, e não ficou ferido.
"A administração municipal, por meio das Secretarias de Segurança e de Transportes, Mobilidade e Infraestrutura, atua em conjunto com as forças estaduais para reforçar o patrulhamento na região, ampliar o monitoramento por câmeras e apoiar as investigações em andamento", disse a prefeitura em nota.
Ao todo, a Grande São Paulo teve 290 casos de vandalismo de 1º de junho a 17 de julho, diz a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).
As principais linhas de investigação até o momento são disputas entre empresas por mudanças em contratos de transporte, desafios feitos na internet e até a suposta participação do PCC (Primeiro Comando da Capital), hipótese que chegou a ser descartada anteriormente pela polícia.
O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), reclamou de demora na investigação. Como mostrou o Painel, a declaração repercutiu na cúpula da Segurança paulista, que defendeu as investigações do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e citou as prisões feitas.
A SPTrans diz que tem orientado as concessionárias a comunicar imediatamente os casos à Central de Operações e a formalizar as ocorrências junto às autoridades policiais.
Ataques na zona sul
Considerando boletins de ocorrência referentes a casos de 21 de maio e 5 de julho, a maioria dos ataques na cidade de São Paulo aconteceu na zona sul. Na distribuição por delegacias seccionais (que agrupam os distritos), a 6ª, nessa região da cidade, agrupou mais ocorrências no período, com 66 casos. Em seguida está a 3ª seccional, da zona oeste, com 65 casos.
A via da cidade com mais ataques registrados foi a avenida Cupecê, com 20 casos, também na zona sul, seguida pela Rodovia Raposo Tavares (13) e a avenida Senador Teotônio Vilela (12). Na maior parte das ações, os agressores jogaram pedras ou outros objetos nos veículos.