Erros nos avisos sonoros de trens e metrô confundem passageiros em SP

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Passageiros do metrô e trens de São Paulo relatam transtornos causados por erros nos anúncios de voz nos vagões, principalmente informações incorretas sobre estações.

Em maio deste ano, a estudante Emmanuelili Emmanuel, 20, enfrentou problemas na CPTM enquanto se deslocava para o trabalho. O trajeto envolvia baldeação na estação Brás e o embarque na linha 10-turquesa até a estação Tamanduateí.

"Eu estava me maquiando e me guiei pela voz do trem, mas estava com erro", conta. Ela ouviu a locução anunciar a estação Ipiranga, mas já estava em São Caetano do Sul. "Quando percebi, tive que descer, pegar o trem no sentido oposto e voltar. Acabei chegando atrasada."

O autônomo Eric Assis, 32, diz que os erros nos avisos sonoros são frequentes nas linhas 3-vermelha e 1-azul do metrô. Desde que desceu na estação errada no ano passado, ele diz ter redobrado a atenção durante o trajeto.

Ele se lembra do episódio em que pretendia desembarcar na estação São Judas. "Estava com a minha esposa, a gente ia para um restaurante perto da estação", conta. O sistema sonoro indicou que o trem estava chegando à parada onde deveriam descer, então, os dois desembarcaram. "Vi a placa e percebi que não era ali." Na verdade, haviam parado na estação Saúde.

A estudante Gabriela Ananias, 21, passou por uma situação parecida. Ela, que há três anos usa diariamente o transporte, conta que um dos episódios ocorreu na linha 5-lilás do metrô, quando ela seguia para a faculdade.

Como o vagão estava lotado, não conseguiu visualizar os painéis internos e se guiou pelo aviso sonoro. O anúncio informava que a composição estava na estação Santa Cruz, seu destino, mas, na verdade, estava na Chácara Klabin. "Acabou que eu fiz um caminho que eu não conhecia tão bem, que eu não tinha me planejado para fazer e me atrasei muito para a aula", lembra. O caso ocorreu em 2022.

As operadoras afirmam que os sistemas são modernos, automatizados e passam por manutenções regulares.

A ViaMobilidade, que administra a linha 5-lilás, afirma que as falhas não comprometem a segurança e que os ajustes são feitos remotamente ou com intervenção técnica.

Já a CPTM diz operar com um sistema automatizado e personalizado de avisos, que permite, quando necessário, a emissão manual de avisos. O Metrô, por sua vez, afirma que operadores fazem correções imediatas quando identificam erros de sincronismo entre o som e o local da parada.

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