Um homem de 34 anos procurado por tentativa de homicídio foi preso em Praia Grande, no litoral paulista, na última sexta-feira (18). A operação foi conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais e contou com apoio de policiais civis de São Paulo.
Segundo informações da Polícia Civil mineira, ele é suspeito de coordenar ataques contra policiais penais em Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro, que ocorreram em 2020. Ainda de acordo com a instituição, ele integra a liderança da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em Minas Gerais.
O suspeito era alvo de um mandado de prisão preventiva, ou seja, medida cautelar autorizada pela Justiça antes do julgamento do mérito do caso. Além da suspeita de participar de ataques contra policiais, o homem já foi condenado por uma tentativa de homicídio contra outro homem na cidade de Guaxupé, na região da serra da Mantiqueira, em maio de 2017.
"As investigações apontaram que os crimes praticados em 2020 foram planejados e executados por membros de uma organização criminosa, com autorização expressa do setor responsável por ordenar ações violentas contra agentes públicos e membros que descumprem as regras internas do grupo", disse a Polícia Civil de Minas.
"A apuração também indica que os atentados contaram com o aval de mais alta instância hierárquica da facção."
Endereços ligados ao suspeito, inclusive em Praia Grande, foram alvos de mandados de busca e apreensão. Ele também foi autuado em flagrante por uso de documento falso, já que se identificou com outro nome quando foi abordado pela polícia.
Um mapeamento feito pelo Ministério Público de São Paulo, com dados do início de 2024, mostra que há mais de 2.000 integrantes do PCC no estado de Minas Gerais. É o quarto estado com maior número de integrante mapeados, atrás de São Paulo, Paraná e Ceará.
O mapeamento também mostrou que havia membros da facção criminosa baseados em 28 países, inclusive com número relevante de presos nos sistema carcerários de lugares como Portugal, Colômbia e Paraguai.