Ministério Público investiga danos a imóveis causados por obras do Metrô de São Paulo

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O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação sobre danos a imóveis causados pela expansão da linha 2-verde do metrô.

Com as obras, o solo afundou, causando rachaduras a imóveis na Vila Invernada, na zona leste. Ao menos uma casa estaria inabitável e outras oito interditadas por medidas de segurança. Os moradores suspeitam que o problema tenha sido causado especialmente pela passagem da tuneladora, popularmente chamada de tatuzão.

Essa perfuração deveria ter sido encerrada até novembro de 2024. Na portaria de instauração do inquérito, do último dia 7, a Promotoria oficiou o Metrô a responder se isso ocorreu.

À Folha o Metrô afirmou que os trabalhos foram concluídos no final de maio, já tomou ciência da investigação e deve se manifestar no prazo legal.

"Vale ressaltar que durante as obras, o Metrô adota uma série de medidas para garantir a segurança e o bem-estar dos moradores da região impactada. Antes do início das escavações, é realizada uma vistoria técnica dos imóveis localizados na área de influência da obra."

As obras na Vila Invernada foram iniciadas em janeiro de 2022. Quando os problemas estruturais apareceram, a estatal custeou a transferência de seis famílias para hotéis e imóveis alugados, e várias outras saíram por conta própria.

Finalizados os trabalhos, o Metrô deveria avaliar os danos causados aos imóveis vizinhos e devolvê-los em até 30 dias. Isso ainda não ocorreu, dizem os afetados. O Ministério Público também questionou o motivo disso à companhia.

Esses não são os únicos problemas recentes em locais próximos a obras da linha 2-verde. Na Vila Mafra, também na zona leste da capital, casas e ruas foram danificadas. A área fica à beira do córrego Rapadura, o que preocupa ainda mais os moradores.

O ramal, que atualmente liga Vila Madalena, na zona oeste, à Vila Prudente, na zona leste, está em expansão rumo à Penha, também na zona leste. A previsão para conclusão das obras é 2026.

Segundo o Metrô, ao longo da execução das obras, os imóveis nesta área de influência são monitorados para eventuais movimentações ou anormalidades nas suas estruturas.

"Caso seja identificado risco, o Metrô realoca temporariamente os moradores para hotéis, com todo o suporte necessário. Equipes de comunicação e dos consórcios responsáveis acompanham e dão toda estrutura para os moradores. Quando há danos, os imóveis são reparados e os moradores recebem assistência durante todo o processo, retornando às suas residências apenas quando houver plena segurança."

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