Morre menina de 10 anos que foi baleada após briga de trânsito em MG

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A menina de 10 anos que foi baleada na cabeça dentro de um carro após uma briga de trânsito no mês passado, em Minas Gerais, morreu nesta quarta-feira (16).

A informação foi confirmada pela Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde a vítima estava internada.

O suspeito de ter atirado na direção do veículo, o policial penal Márcio da Silva Coelho, 34, segue cumprindo prisão preventiva (sem prazo) na Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A reportagem procurou nesta quarta o novo responsável pela defesa do policial penal, mas não teve resposta até a publicação deste texto.

De acordo com o relato do pai de Lavinia Freitas De Oliveira e Souza feito à época aos policiais militares, o carro em que ele e a filha estavam foi fechado pelo policial, que na sequência teria atirado no veículo e atingido a criança, que estava no banco do passageiro.

Um vídeo de uma câmera de segurança mostra Márcio apontando uma arma para o carro que trafegava à frente.

Na época, a defesa do policial afirmou que ele retornava de viagem com a mulher, a filha de um ano e a enteada de 10 anos quando teria passado a ser seguido por um veículo com os vidros totalmente escuros.

O advogado afirmou que Márcio se sentiu ameaçado e efetuou tiros para o alto, mas que o veículo à frente teria continuado a realizar manobras perigosas.

O representante do policial disse que a reação dele foi orientada por instinto de proteger sua família e não teve intenção de atingir terceiros.

Já o pai da vítima afirmou que trafegava com a filha na estrada que liga Diogo Vasconcelos a Porto Firme quando percebeu um veículo se aproximar em alta velocidade.

Ele então teria diminuído a velocidade para ser ultrapassado, e o veículo que vinha atrás acabou fechando sua passagem, segundo o depoimento.

O policial, então, teria descido do carro e se aproximado do veículo onde estavam pai e filha. O pai da vítima disse aos policiais que imaginou que poderia ser um assalto e acelerou, então, ouviu diversos disparos de arma de fogo.

Ao constatar que a filha havia sido atingida na cabeça, ele teria se dirigido ao hospital de Viçosa, de onde a filha foi transferida devido à gravidade dos ferimentos.

De acordo com o boletim de ocorrência, a perícia identificou no local várias perfurações de arma de fogo na porta, janela e para-lamas traseiro do automóvel da vítima.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas, que instaurou procedimento na corregedoria para investigar a conduta do policial penal, disse que a apuração ainda não foi concluída.

"Ressaltamos que a Sejusp não compactua com possíveis desvios de conduta de seus servidores. Toda e qualquer suspeita é apurada com rigor, sempre respeitando o devido processo legal e os princípios da ampla defesa e do contraditório. Medidas administrativas e, quando necessário, judiciais são adotadas com a seriedade que o tema exige", disse a pasta, em nota.

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