Polícia registra depredação a ônibus na região do Ibirapuera; cidade chega a 466 veículos vandalizados

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Policiais militares registraram um ataque a ônibus no portão três do Parque Ibirapuera, em São Paulo, na terça-feira (15).

Registrado no 27° Distrito Policial (Campo Belo) como dano qualificado, segundo apurou a Folha, o caso não teve presos e se soma a outros na onda de vandalismo que tem se intensificado desde meados de junho na capital paulista e em outras regiões do estado.

Segundo a prefeitura, com 36 ataques a ônibus na terça-feira (15), a cidade de São Paulo chegou a 466 veículos danificados desde 12 de junho.

Em um dos casos de terça, uma criança ficou ferida após o ônibus em que ela estava ser atacado com bolinhas de gude na avenida Jorge João Saad, no Morumbi. Em outra ocorrência, a polícia apreendeu uma pedra e duas bicicletas de dois adolescentes abordados por guardas-civis metropolitanos na avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, no Itaim Bibi.

Não houve ataque, de acordo com o boletim de ocorrência, mas, em meio à onda de depredação, os agentes acharam melhor levar os dois menores e a pedra para a delegacia.

Os ataques não se restringem à cidade de São Paulo. A região metropolitana da capital teve 289 casos de vandalismo registrados desde 1º de junho, distribuídos por 27 municípios, segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).

"A Artesp segue orientando as empresas e concessionárias quanto aos procedimentos necessários para o registro das ocorrências e trabalha em colaboração com as autoridades de segurança pública nas investigações."

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, oito suspeitos de participação nos ataques foram presos até o momento. As investigações seguem em andamento, segundo a pasta, que não apontou as principais suspeitas de motivação da onda de ataques. "Detalhes da investigação serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial."

As principais linhas de investigação até o momento são disputas entre empresas por mudanças por contratos de transporte, desafios feitos na internet e até a suposta participação do PCC (Primeiro Comando da Capital), hipótese que foi descartada anteriormente pela polícia.

O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), reclamou de demora na investigação. Como mostrou o Painel, a declaração repercutiu na cúpula da Segurança paulista, que defendeu as investigações do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e citou as prisões feitas.

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